sábado, 30 de abril de 2011

quando escrevo cavalo digo
corpo de metal forjado
cascos grossos desgastados
olhos de brilho falso


quando escrevo cavalo digo
narinas sujas de fumaça
sangue de origem negra
veias de borrachas secas


quando escrevo cavalo digo
força de outro bicho bravo
colado na pele de uma placa
num antigo terreno baldio


quando escrevo cavalo digo
arranhões por toda parte
esqueleto acabado no pátio
de ferros velhos retorcidos




Rubervam du Nascimento |colaborador|
in OS CAVALOS DE DOM RUFFATO, Fundação de Cultura Cidade do Recife - 2005.
Gabriel Arcanjo

sexta-feira, 29 de abril de 2011

um médico diagnosticou meu mal

sofro de um mar grave, um mar doente e revolto, que se instalou entre minhas costelas. respirar é muito barulhento, há um ronco forte de onda desabando em areia, remoendo em minhas entranhas o ar que entra. o foco fugiu dos meu olhos, guardo apenas aquela expressão paralisada de horizonte sem fim. é grave, eu sei, não posso mais fugir. meu corpo resmunga e logo surge gigantes maremotos. vivo de acordo com a lua, difícil convivência, tento manter-me coerente o máximo que posso, evito olhar pro céu, este maior que tudo que move em mim uma dança azul, às vezes verde. não posso me achar mais. sei que as barreiras todas foram quebradas na primeira respiração que dei. atropelei tudo que me chegou perto, estou sem consciência do meu corpo, não o meço, não vejo seus contornos. desenho livre, móvel disperso. dentro da noite apenas sussurro minha existência.


Renata Flávia |colaboradora|
Gabriel Arcanjo

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Validuaté no O Estado de São Paulo

A ironia refinada que vem do Piauí

Ganhando cena indie de SP e Rio, 

Validuaté encurta distância entre brega e erudito

27 de abril de 2011 | 0h 00

Jotabê Medeiros - O Estado de S.Paulo

Válido até ____. O prazo de validade incompleto, a ser preenchido (aquilo que poderia ser uma escolha temerária, uma crítica pronta para deleite de um resenhista sádico), acabou virando o nome da mais destacada nova banda do Piauí. Validuaté é um combo de interesses múltiplos - samba, baião, heavy metal, reggae, brega - que reúne nada menos do que três bacharéis em Letras e reencontra uma tradição lírica piauiense que revigora a presença de dois ilustres conterrâneos: os poetas Mário Faustino (1930-1962) e o tropicalista Torquato Neto (1944-1972).
Validoaté/Divulgação
Validuaté / foto de André Leão
O sexteto piauiense Validuaté. Tudo que o País oferece
O Validuaté destoa de seus colegas do pop nordestino por privilegiar a irreverência (em vez da seriedade conceitual) e por fazer um pop sem regras ou fórmulas. Mas o que acentua a diferença é que, de repente, pinta um nível de informação erudita no meio de uma levada brega. Sem afetação. Os piauienses não querem forçar uma barra, uma associação com seus antecessores ilustres. "De repente, a gente faz essa parceria Validufaustino ou Torquataté. São possíveis maravilhosos", diverte-se o cantor, ator e compositor Thiago E.
Como ator, Thiago E. já viveu o universo poético de Torquato e Faustino no teatro, em peças montadas a partir de textos dos dois. Chegou a musicar o poema Que Tal, de Torquato (semelhante ao que os Titãs fizeram com Go Back), para trilha de peça - e a canção acabou entrando no repertório do Validuaté. "Em Teresina, Mário Faustino é bem menos lembrado que Torquato, até porque este último teve uma enorme importância na história da música brasileira e da contracultura. Qualquer artista em Teresina conhece Torquato. Então, fica até um pouco perigoso você trabalhá-lo artisticamente, pois pode, facilmente, cair num clichê", analisa.
Não há analogias fáceis para o trabalho do grupo. Superbonder, por exemplo, um de seus hits, tem uma pegada que evoca os melhores momentos da poesia química do simbolista paraibano Augusto dos Anjos: "Fractal metamórfico barbitúrico colossal / Pórtico liso erudito transformusculacional".
O grupo Validuaté existe desde 2004, mas só passou a ganhar "sustância" em 2006, quando abriu shows da turnê Cê, de Caetano Veloso. Em 2007 abriu shows de Paralamas do Sucesso, Luxúria, Cachorro Grande, Tihuana e, em 2008, Fernanda Porto. Nesse ano, participou do festival Teresina é Pop, da Feira Internacional da Música de Fortaleza e da 4.ª Feira de Arte e Cultura Nação Piauí, em Brasília.
Seu primeiro disco, Pelos Pátios Partidos em Festa, foi encorpando a reputação da banda, que chegou este ano ao circuito indie nacional, tocando no Studio SP e no bar Mofo, na ferveção da Lapa, no Rio. Distante horas de voo da Paulicéia, viu a plateia paulista cantando protohits como Ela É, Superbonder, Amorlâmpago, Essa Moça e Podes Crer na Dúvida.
Em março de 2008, o grupo participou do DVD coletânea Amostra Cumbuca Cultural, em parceria com as bandas Batuque Elétrico, Conjunto Roque Moreira e Captamata. Atualmente, excursiona com um novo álbum, Alegria Girar.
O Validuaté não cai na armadilha de se declarar um "produto exótico de um Estado remoto". Prefere reconhecer influências múltiplas do Brasil todo em seu som. O grupo denuncia apenas a vivência acadêmica aqui e ali - também, pudera, eis aqui o currículo dos cúmplices:
O vocalista e compositor Zé Quaresma (o sobrenome não é de fantasia, é de família mesmo) é formado em Letras e também artista plástico e videomaker. Começou a cantar em União, a 50 km da capital, Teresina, e produz também as capas dos seus discos.
O parceiro univitelino de Quarema é Thiago E, professor de Língua Portuguesa, compositor, poeta e ator, responsável por mais da metade das composições da banda. Júnior Caixão é o guitarrista (também é "administrador de bar", na biografia do grupo). O outro guitarrista, Vazin, é professor de Geografia e militou anteriormente em bandas de heavy metal. Wagner Costa, o baixista, é Mestre em Literatura e chegou a atuar como violoncelista da Orquestra de Câmara da Universidade Federal do Piauí. E, na cozinha, o baterista John Well, que também é professor de bateria e flauta doce e tem um pé na música gospel.
"Vejo que tem muito "contemporâneo" apenas repetindo ou diluindo trabalhos que já foram feitos. Tem muito artista que tá começando que lança disco super bem produzido, bem arranjado e tudo, mas não diz coisas interessantes; não surpreende pelo tema; falta um visgo narrativo", analisa Thiago E. "Só porque vivemos tempos fragmentados não significa dizer que tudo que é desconexo é bacana. E também, pra agradar, não precisa ser "novo" ou "original" - podemos fazer boa música com velhas formas. E não vamos chamá-la de "verdadeira literatura contemporânea..." ou coisa do gênero. Podemos fazer uma "mentirosa música contemporânea" e ela ser maravilhosa"".


CONTERRÂNEOS
Mário Faustino
Poeta de grande influência na literatura nacional. Morreu num acidente aéreo aos 32 anos
Torquato Neto
Trágico personagem da Tropicália, aproximou poesia e música e foi jornalista. Matou-se
Frank Aguiar
Cantor de forró, advogado e político, é amigo de Lula e secretário de Cultura em São Bernardo
Da Costa e Silva 
Antonio Francisco da Costa e Silva, simbolista da primeira metade do século, morreu demente 


Validuaté no O Estado de São Paulo

'Todo Estado tem o seu mangue, sua lama, seu caos'

27 de abril de 2011 | 6h 00
Jotabê Medeiros - O Estado de S.Paulo


Zé Quaresma, cantor e vocalista da Validuaté, e seu parceiro, o cantor, violonista e letrista Thiago E., falam pela banda em dupla. É isso ou nada disso.
Divulgação
foto de Renan Melo
Thiago E., poeta, ator e cantor da Validuaté

O Validuaté é integrado por acadêmicos de Letras. Isso torna vocês mais preocupados com a lírica do que com a musicalidade?
(Zé Quaresma) Não diria que nos preocupemos mais com o texto do que com a música. Eu me debruço mais sobre a parte musical, cuido de melodias, harmonias, embora sempre tente expressar a mensagem de cada letra de modo condizente com a melodia e mesmo com a identidade do trabalho. O Thiago, por se dedicar mais à poesia, vem com os textos. Há momentos em que tudo se mistura, mas há os pequenos segredos no fazer poético e musical que circulam somente entre os operários da criação.
(Thiago E.) Quando componho, mesmo que pense num poema antes, preciso encontrar uma maneira musicalmente interessante. Graças aos deuses, temos vários músicos preocupados em manter esse trânsito com a poesia: Cid Campos, Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Jorge Mautner, e tantos outros. Mas é comum vermos poemas que foram mal musicados: o que foi dito no poema não fica ‘natural’ quando cantado. Então, acertar nessa mosca é trabalhoso.
A mais recente revolução do Nordeste na MPB foi protagonizada pelo Mangue Beat. Há algum eco dele na sua música?
(Zé Quaresma) O eco do Mangue Beat reverbera Brasil adentro ainda hoje, embora a impressão mais superficial da música resultante do movimento Mangue Beat seja a justaposição do tradicional e do contemporâneo, da tecnologia e da lama do mangue. Outras bandas antes de nós receberam essas reverberações e puseram em prática o que sentiram. Nós já pegamos o pós-movimento, e fizemos nossa síntese. Todo Estado brasileiro tem o seu mangue, a sua lama e o seu caos.
(Thiago E.) A gente gosta muito do que foi feito pelo Chico Science e o que se desdobrou depois. Inclusive eu gosto muito mais do Nação Zumbi de hoje. Mas a gente não pensa em seguir movimento X ou Y. Simplesmente tentamos fazer, uma música que nos agrade. O que vai se perder no tempo, ou o que permanecerá, não é controlado por nós.
Zé Quaresma, vocalista; Thiago E., cantor, violonista e letrista

Gabriel Arcanjo

terça-feira, 26 de abril de 2011

I Concurso Riso Poético

A Fundação Nacional do Humor do Piauí realiza neste ano de 2011 o primeiro Concurso Riso Poético como forma de incentivar a produção literária de novos autores piauienses. Podem participar do concurso pessoas maiores de 14 anos, piauienses ou residentes no Piauí há mais de um ano. O tema do concurso é livre e cada autor pode participar com até dois textos. Leia o regulamento no endereço http://www.risopoetico.blogspot.com/.

Serão premiados os três melhores poemas. Premiação de R$ 100,00, mais certificado de participação para o primeiro colocado. Os segundo e terceiro colocados receberão certificados de participação no concurso. A comissão julgadora será composta por escritores de renome em Teresina, com notória capacidade para avaliação literária.

Para o presidente da Fundação Nacional do Humor, essa é uma oportunidade de estabelecer a relação de novos autores com escritores já consagrados. “Na medida em que esses escritores já consagrados tomam contato com novos escritores se dá um processo interessante para as novas gerações, pois uma geração passa a conhecer e contribuir com a próxima. Isso é muito importante para nossa produção cultural”, comenta Albert Piauí.

O primeiro Concurso Riso Poético tem como prêmio homenagem ao escritor e poeta Luciano Almeida. Autor de contos, crônicas, radialista, professor e destacado escritor e pesquisar de hai-kai, Luciano Almeida faleceu prematura e repentinamente em fevereiro de 2009. Poeta de ativa participação em saraus e rodas de poesia em Teresina, Luciano Almeida deixou saudades e boas recordações. A fundação Nacional do Humor do Piauí presta homenagem a esse poeta, que enquanto vivo contribuiu para efervescência literária nesta cidade e não será difícil de ser reconhecido por pessoas do meio literário. Leia textos do escritor na página que este mantinha no site Recanto das Letras [http://recantodasletras.com.br/autor.php?id=26265].

O Concurso Riso Poético faz parte do Encontro Riso Poético, que acontecerá dia 11 de maio, no espaço Esperança Garcia, montado na Praça Pedro II, como parte da programação do 28º Salão Internacional do Humor do Piauí. Durante o encontro será realizada a premiação do Concurso Riso Poético, além do lançamento de livros, concurso de poesias falada e escrita, exibição de vídeos, apresentações poéticas e palco aberto para os poetas apresentarem seus trabalhos. Informe-se e participe de toda a programação.

sábado, 23 de abril de 2011

O sono é um relógio de sol ao meio-dia.
Soerguido, ensombra seu rosto de luz contra o gnômon.
Por isso, a ciência do sono é invasiva
Sabe verter seu veneno em doses mínimas
Ciência de peçonha e rastejo lento
-- Seus sinais de bocejo tremulam nos beiços.

O sono estende sua cabeça pênsil gravitando todo o corpo e deambulando.
Dir-se-ia: a ciência do sono é a evasão da vida
Um precipitar de distâncias noturnas
Ássanas e chacras abeirando o abismo

Assim é a ciência do sono:
Tatear cego os seios de uma mulher no escuro
Pentear suas madeixas a beira de um rio viscoso
Tanger de bois ao destino surdo
Rumores de chuva trovejosos

A ciência do sono ressoa em ânsias retendo a manhã
E o sono acena gestos ilegíveis em sua ceguez
retardar o dia é como pender lerdo os braços sobre os ombros

E assim o sono nos ensombra com seu livor e seu olhar písceo.
Olho de boi mastigando.
E assim o sono ressoa em estrídulo
No chamamento noturno do silvo de um guarda vígil.


Ranieri Ribas |colaborador|
poema do livro, ainda inédito, AOS RENOVOS DA ERVA

Gabriel Arcanjo

quinta-feira, 21 de abril de 2011

John Lennon Era Meu Cão

Lennon não gostava de tomar banho, matava o calor embaixo da velha laranjeira do quintal, deitado na terra fria que escavava. Já era um cão velho, de olhos pesados, mas olhos que ainda tinham o mesmo brilho e sentimento que lhe fez merecer o nome e que ainda me cantavam os versos de "Imagine".

Olhos castanhos saindo de uma pequena massa negra de pelos. Um filhote desconfiado e sincero que me fez pensar no quão frágeis são os viventes sinceros. Frágil como era John Lennon por trás de toda aquela arrogância estrategicamente pontuada por choques neurais de sensibilidade. "Vou chamá-lo John Lennon".

Poderia ter sido Louis, Louis Armstrong poderia ter sido seu nome, pois também me fez pensar quanta beleza tem no mundo.

Vendo-o velho sob a laranjeira, e me perpassando aquele mesmo sentimento de quando ele era um filhote, duvidei que algum dia ele tivesse sonhado com as pessoas vivendo em paz ou com um mundo maravilhoso, pareceu-me então que esse era um sonho meu e aquela criatura repleta de sinceridade era a resposta ao meu sonho. Então era isso que eu via. Lennon nunca me cantou versos.

Espelhos. Todas as coisas nos são espelhos...

Quando Lennon morreu, eu não fiquei triste. Yoko, vendo o sangue, pensou: "morto como um cão". Então é assim que os cães morrem? Pobre homem! Pobre mulher! Nunca sentiram a areia fria que nos guarda sob a sombra de uma laranjeira.


Daniel Ferreira |colaborador|
de livro ainda inédito

domingo, 17 de abril de 2011

Livro: Repugnações e Desejos




Livro Repugnacoes e Desejos do poeta Eduardo Dantas
quem quiser adquir, o livro custa r$ 10,00 reais
.

é só entrar em contato com o autor (86) 8819-5208/9926-4185
.


.


Castigo de um pecado confesso


É deveras que na minha inocência de infante,


Atirei na cruz inúmeras pedras.


E num dia na falta destas,



E já na minha adulta pervertidade



Atirei na cruz minha cabeça.



E da quaresma à páscoa,



Ficaste no madeiro dependurada.



Ria como quem não rir da própria desgraça...



Um corvo lhe arrancava a tez em grandes lascas



E pela lança do centurião, escorria a massa cefálica.



Como, da lenda, a mula sem cabeça


Meu corpo noctâmbulo, que foi condenado,


A levar no lombo o peso de uma raça!


Do tato fez-se olhos e dos pés os demais sensórios.



E minha cabeça enquanto julgamento aguardava,



De Calcutá, Gandhi, Gautama e todos que morreram



Em nome da filantropia, ria.



Ria do INRI que fora condenado e morreu,



Para redimir do homem os pecados



E por séculos e séculos jaz o grande mártir



E não há um dia que em pensamentos,



Gestos e palavras



Viva o homem sem pecar.



A ver longínqua no lombo de seu corpo,



Tal raça.



A priori julgou-a de glorias digna, excelsa, inefável...



Mas, ao conhecê-la em essência,



Julgou-a intrigante, descontente, não obstante repugnante.



E por não se arrepender dos escárnios e heresia,



Condenada foi a consumar das entranhas herméticas



Da gênese humana



Todos os instintos vis e bestiais,



Que nasceram da sapiência e com a sapiência jaz.


Eduardo Dantas

terça-feira, 12 de abril de 2011

entre folhas a parreira

mas de tua tez aflora

mais que evidente elegia

de fruta e aurora

e uva talvez teus seios

ou tua vulva

que entre folhas a parreira

espalha sementes

e de tuas mãos sobrepostas

como se a si segurasse

suavemente em essência

sendo o próprio pomo

o que emana teu âmago

em colheita inteira

somente em si



Adriano Lobão Aragão (colaborador) http://adrianolobao.blogspot.com/ dEsEnrEdoS - uma revista de cultura e literatura www.desenredos.com.br
Gabriel Arcanjo
a palavra

sangue

sente que tem

alguém atrás

da palavra

sangue

com uma faca


Nicolas Behr (colaborador, Brasília – DF)

(poema do livro Peregrino do Estranho, 2004)
Gabriel Arcanjo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Banda Quarterão - mais sons de Teresina

Banda Quarterão - parceira da Academia Onírica - arquitetura sonora que encorpa o cd Veículo q.s.p. - segue links para músicas e vídeo:






segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pessoa em Várias Pessoas – 13ª Poesia Tarja Preta

Kilito Trindade convidou Fernando Pessoa e este levou muitos outros camaradas para a 13ª poesia tarja preta. Canteiro de Obras lotado de poemas, de papos, de psiu, de personagens, de participações, de personas, de pessoas, de Pessoa. Kilito fez aniversário usando bigode, óculos, chapéu e um terno preto pois precisava homenagear Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares e tantos outros eus e tantos outros eles dentro de cada Fernando. Comemoramos falando poesias, conversando, bebendo e confraternizando. O querido ator e diretor teatral Adalmir Miranda nos presenteou com um trechinho de seu espetáculo Álvaro de Campos em Pessoa... também devidamente personalizado. Nossa reverência visual foi a Gabriel Arcanjo – artista plástico – dos ótimos – exposto no evento. E mulheres, rostos, desenhos e, sobretudo, galos! eram projetados na parede nos iluminando. A banda Estação Gandaia produziu as bases sonoras para os poemas e, mais uma vez, nossa amiga fotógrafa Kátia Barbosa registrou muita coisa. Quem quiser contratá-la, seu número está aqui no blog – do seu lado direito, leitora ou leitor – é tanta Pessoa! Obrigado. Agradeço também a todos que compareceram – foi demais! Demétrios Galvão, Laís Romero, Zorbba Igreja, eu, Kilito Trindade fizemos a noite tarja preta com entrada gratuita, desta vez, para recomeçarmos a circulação da poesia na cidade. Mas, peço a você que compartilha do nosso interesse poético que, quando a entrada não for gratuita, continue contribuindo! para que os encontros poéticos permaneçam... e cada vez melhores! . .

Thiago E
. .






Adalmir Miranda

# fotos - Kátia Barbosa #