quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Entre azuis
Teu corpo
Meus olhos nus


Valadares

Asas


Um piloto de vôo livre não pula,
decola;
nem cai, pousa.

E de braços abertos,
Não hesita:
Ousa.

Pra quando a morte,
Pequena lagarta,
Escondida,
Liberta-se em Mariposa!


Katiusha de Moraes (Colaboradora – Fortaleza – CE)
Poema do livro Fabrica de Asas
http://fabricadeasas.blogspot.com/

domingo, 28 de agosto de 2011

Páginas Literárias

Rascunho, Coyote, Lama, Celuzlose, Zunai, dEsEnrEdoS, AO, Corsário, Sibila, bem como uma série de outras publicações, digitais ou não, circulam pelo país mantendo uma prática que há décadas revela talentos, expõe tendências, acirra polêmicas e debates, dá visibilidade a determinados grupos na mesma velocidade em que cria pontes e também muros. A partir de revistas literárias publicadas recentemente em meio impresso, conversei com três editores sobre as origens, desafios, horizontes e perspectivas de seus respectivos lançamentos: Celuzlose (em São Paulo), AO Revista (no Piauí) e Lama (no Paraná). Publicamos aqui a primeira parte de nossa entrevista/enquete. Na próxima edição da revista dEsEnrEdoS (www.desenredos.com), publicaremos o restante dessa prosa tão afeita à poesia.

Como surgiu a ideia de lançar uma revista literária?

[Victor Del Franco/Celuzlose] A ideia surgiu no final de 2008. Na ocasião, eu colaborava com o jornal literário O Casulo que era editado pelos poetas Eduardo Lacerda e Andréa Catrópa. O jornal tinha o apoio financeiro de um programa de fomento cultural da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Este apoio financeiro foi importante para a edição do jornal durante os anos de 2007 e 2008, depois desse período de 2 anos em que durou o apoio financeiro, o jornal deixou de ser editado. No entanto, eu queria continuar com o trabalho de divulgação da literatura contemporânea e foi justamente por conta disso que a ideia da revista Celuzlose começou a amadurecer. A primeira edição da Celuzlose (versão digital) ficou pronta em junho de 2009 e está disponível no seguinte endereço: http://celuzlose.blogspot.com. Atualmente, a revista já possui 7 edições digitais e a primeira edição impressa foi lançada em junho de 2011, através de uma parceria feita com o poeta e editor Reynaldo Damazio que é responsável pela Dobra Editorial. Quem estiver interessado em adquirir um exemplar da Celuzlose impressa, a revista está à venda no site da editora: www.dobraeditorial.com.br.

[Laís Romero/AO Revista e Trimera] Ambas, Trimera e AO, surgiram da necessidade de publicação. Esse desespero é comum a todos que se relacionam com a Literatura, de querer publicar, mostrar, levar às pessoas todas uma parcela da produção literária que está por aí... Com a Trimera foi o resultado de um livro que não deu certo, e a AO Revista, editada pela Academia Onírica, já nasceu revista. Queríamos um veículo impresso que nos transportasse para a realidade, o retorno que uma revista dá é muito diferente do retorno de um blog (poesiatarjapreta.blogspot.com), por exemplo.

[Fabiano Vianna/Lama] Primeiramente, o projeto era de ser uma revista apenas de fotonovela. Porque eu trabalho com fotonovelas, desde 2006, no site www.crepusculo.com.br. Mas quando eu e minha sócia, Milena Buzzetti, começamos a reunir material e pesquisar gráficas, formatos etc., pensei que poderia aproveitar e convidar amigos escritores que eu conhecia para participar. E então comecei a receber contos ótimos de pessoas como Ana Paula Maia, Luiz Felipe Leprevost, Martha Argel, Giulia Moon, Assionara Souza, Gisele Pacola. Juntaram-se a eles, Daniel Gonçalves, Rodriane DL, Simone Campos e Emanuel Marques (escritor português), pessoas que eu já admirava o trabalho. A maioria deles já caminhava pelas obscuras trilhas do pulp. Então, de revista de fotonovela, a Lama foi transformando-se em uma revista pulp, com uma abrangência maior de temas como eram as revistas pulp dos anos 30/40. Este "guarda-chuva" temático composto por ficção científica, horror, suspense e fantasia. Muitos acham loucura lançar uma revista impressa hoje em dia, numa fase onde os e-books e livros digitais estão dominando o mercado. Mas para mim, publicar literatura é fazer história. A revista impressa pode ser guardada, colecionada. Vira documento. A internet ainda não nos proporciona isso. Por enquanto. E, além disso, são mídias diferentes. Não existia ainda uma revista destinada à literatura pulp. Outra missão da Lama é revelar escritores novos que andam produzindo literatura de primeiro mundo. Queremos consolidar os gêneros policiais, terror, suspense, ficção científica e fantasia no Brasil. Isso não é coisa só de gringo mais. Na 2ª edição temos, além de contos de nossos mestres, Dalton Trevisan e Valêncio Xavier, a participação de Daniel Gonçalves, Luiz Felipe Leprevost, Diego Gianni, Vanessa Rodrigues, Assionara Souza, André de Leones, Eduardo Capistrano, Índigo, Estus Daheri, Ana Paula Maia e Rodriane DL. A fotonovela da nº 2 chama-se Tocaia, fotografada por Bruno Zotto & Japa Biet e os ilustradores estão incríveis mais uma vez: Daniel Gonçalves, Foca, A.B. Ducci, Renato Faccini, Daniel Carvalho, Danilo Oliveira, João Lavieri, Tati Ferrigno, Yan Sorgi, Fabz, Frede Tizzot, Sama e Bruno Oliveira.


publicado no jornal Diário do Povo, coluna Toda Palavra, Teresina, 23 de agosto de 2011

Adriano Lobão Aragão (colaborador)

sábado, 27 de agosto de 2011

+ imagens da 15ª Poesia Tarja Preta

 fagão silva

 kilito trindade

 laís romero

 aparatos eletrônicos

demetrios galvão

 valadares

pessoal no canteiro de obras

 fagão e a fralda da sua bebê

 laís romero

 ...vaga-lumes numa nuvem de poeira de neon...

thiago e
                                          
fotografias - dalyne barbosa
novidades em breve...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fotografias


Imagem em papel corado
Dobrado em cores suaves
Pesam como um pincel inundado
Caras norteiam parafraseando
Encantado as notas mínimas
Vertical no exílio , intelecto
De memórias a histórias


Forjam as aparências mórbidas
Mortas de fome, a beleza e linda
Mas a minha realidade sufoca-me
Só se perde quem do caminho lhe conhece
As fotografias veloz-mente emigram
Eu eucalipto, mercenário
Fica ali entretendo as águas que passam
Quão e insólito o perdão falso
Dita na imensidão da noite


Mauro Brito (colaborador - Maputo/ Moçambique)
membro do movimento literário Kuphaluxa
http://kuphaluxa.blogspot.com/
foto - Paulo Barros

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A densidade das manchas
É bagagem do tempo:

São tralhas, cacos, deformações.

O abandono entre páginas
No depósito da estante.

 
Demetrios Galvão
foto - Paulo Barros

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

tempo não existe. não se mede, enfim. tempo move e só, leva longe, não se importa se atropela ou se constrói, o tempo vai.

de joelhos gritando por uma mudança, algo que retome a cor dos olhos, algo que abrace e não machuque. as medidas é que fazem do cotidiano uma subtração de ações, um descontar mútuo. olhos no outro. e pulsa, pulsa. aqui é fácil dizer, mas o tempo não diz a hora certa.

então simples! te levo comigo, como quem carrega motivos, te levo sem tempo, por toda eternidade aqui dentro.

Renata Flávia (Colaboradora)
http://lustredecarne.zip.net/
foto = Paulo Barros

domingo, 21 de agosto de 2011



na sucessão perene do desejo
deslizo minha língua entre teus pêlos
prenúncio de tua dádiva
diva dama desnudada
entre as paredes da alma
quando tua visão me lança
ao devaneio denso delírio
porque danças distante da lira
alcançada em linguagem que enleio
na sucessão perene do desejo



adriano lobão aragão |colaborador|

-- 
Ágora da Taba - Adriano Lobão Aragão
adrianolobao.blogspot.com

dEsEnrEdoS - uma revista de cultura e literatura
www.desenredos.com.br

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

foto = Paulo Barros
Do Falo para flor


Flor da beleza mijada do dia da pureza do meu álcool
Es tão difícil quanto meus amigos poetas
Que se ventura fosse comida, do sabor, não saberia o saber.
Eles se parecem com a lua bem longe da minha imperfeição mal feita...
Suas grandes navegações passaram bem perto de meu quintal e perdi a festa.
Por isso levo cheiro de bombons na boca pelo comedimento de guardar o perfume do meu fumo e de meu álcool da minha pureza que a namorada pensa e guarda.

Flor do dia mijada da beleza de meu éter
Meus amigos poetas são inocentes porque reais assim como esse raio de sol
Adivinham meu dia pelo futuro monótono que me guarda.
Passei trezentas noites para entender a noite passada do poema triste que me disseram
Pareciam trazer-me os abismos mais bonitos
Sentia nas letras escritas o quente do bafo do fogo alheio deles
Mijaram-me por sobre.
Dou-lhes calor e seio e o dinheiro de minha merenda.
Pesso-te perdão e sensatez de guardar a parte mais doce do mijo meu que é o deles.


Carlos Alexandre – Colaborador
Músico da banda Sala da Brusca
http://www.flickr.com/photos/crazymary_/5727035172/
http://pt-br.facebook.com/saladabrusca
foto = Paulo Barros
Filosofia Do Suicídio Sobre O Mundo Que Sophia


o estampido da bala muda
que cala um pensamento gritante
o movimento curto retilíneo
que quebra o ciclo de conclusões únicas
o fim drástico esclarecedor
da visão global fechada do tudo.
o gole último indescritível
que de gota em gota
uma vida não pode dizer
o flutuar e o afundar
o balanço agônico do ser.
desespero e coragem
da visão de todos acerca do covarde
que por flutuações a cerca
das profundezas do ser
nos mantém livres
do ato final proclamado
de um sentido vomitado e dinamitado.
extremos de uma beirada
que mostram paisagens arruinadas
embelezadas pelo absurdo do cotidiano.


Chacal Pedreira - colaborador
vocalisata da banda Obtus
http://palcomp3.com/obtus/
http://obtus.tripod.com/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

revista TEREZONA - beleza nova daqui !



nova, maravilhosa, de graça, você não pode deixar de lê-la, vê-la, ouvivê-la, nome de volúpia gostosa, visual impecável, agregadora, cosmopolita, do piauí e de todo lugar ao mesmo tempo,


tomara que dure muitíssimo!


 um grande abraço ao mirton e ao pecê pela empreitada-ímã de estados interessantes.

sábado, 13 de agosto de 2011

Augusto de Campos + Academia Onírica

                                                                           foto | Quaresma

sobre a AO REVISTA:

" 
Torço, daqui, para que a revista vá em frente.
São muito importantes as revistas num momento como este,
em que a poesia anda tão escondida, marginalizada 
e até maltratada na imprensa.

Um abraço!
  
Augusto
                                                                                                                   
"


AUGUSTO DE CAMPOS + AO


AGUARDE


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Joniel Veras vence Salão de Artes Plásticas

ela mesma - 2011

Nosso camarada Joniel Veras venceu o Salão de Artes Plásticas de THE, ontem, na categoria pintura. A tela ela mesma levou o 1º lugar! Joniel também é colaborador da Poesia Tarja Preta - a gente expôs imagens suas no ano passado em encontro poético no Canteiro de Obras. Ele também fez a capa e as imagens da 1ª edição da nossa AO Revista. No Salão, Joniel participou com essas 3 telas aqui postadas.

 fêmea - 2010 |capa da AO Revista |

A tela ela mesma tem uma historinha. Há alguns anos, estava assistindo a uma matéria da maravilhosa jornalista Neide Duarte, no Jornal Hoje, da Globo. Era uma matéria sobre educação infantil e preconceito. Ela leu uma redação de uma criança que dizia:

muita gente
acha a lesma nojenta.
mas a lesma
ela mesma
não se acha nojenta.

Gostei muito da poesia da criança, fiz um poema em parceria com ela (mesmo sem conhecê-la) e Joniel fez a tela ela mesma, ilustrando o poema.

pivete - 2010

Em breve, mais notícias e imagens do nosso amigo Joniel Veras. Parabéns, maldito! E agora vai estudar  e pintar e riscar mais pra todos ganharmos. Um abração, irmão.

posters do cartunista Solda


camarada Solda propagando seus trabalhos psicodeliciosos .

domingo, 7 de agosto de 2011

lançamento da Revista Corsário, no Espaço Cultural B_arco - SP

C. Willer, Edson Cruz, Luis, Lucia Santaella, Mardônio França, Ademir Assunção e Augusto de Campos - foto: Katiusha de Moraes.

confira o lançamento da Revista Corsário, no Espaço Cultural B_arco em São Paulo:



leia na íntegra a Revista Corsário no site:



e se quiser, baixe alguns livros da Editora Corsário:

HOMEM:

Só doma!
Go!  Morra!


Fagão Silva
foto - Paulo Barros
perpendiculares

desafiar o novelo
num grito
nesta linha
perigo

desafiar o caminho
aviso!
preciso parar
de correr o risco
da vida.

Laís Romero
janela
foto = Paulo Barros

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

IMPERDÍVEL - Os Dentes da Memória


(Azougue Editorial, 256 páginas, 38,90 reais)


Com narrativa que alterna depoimentos e dá ao livro um ritmo de documentário de TV, as jornalistas Camila Hungria e Renata D’Elia reconstroem uma época rica para a literatura paulistana, entre os anos 1960 e fim dos 1970, tendo como protagonista o poeta Roberto Piva e, secundariamente, seus asseclas Claudio Willer, Antonio Fernando de Franceschi e Roberto Bicelli. Piva, de vida extremada e de pouca adequação social, foi o mais próximo que as letras nacionais chegaram dos beatniks americanos. O livro se detém, sem ser apelativo, na sexualidade do autor, suas influências e seu processo criativo. Morto há um ano, Piva ganha com esse mosaico o primeiro tributo, tão merecido quanto o reconhecimento que deveria ter tido maior quando vivo.


http://www.youtube.com/watch?v=PjkC5qr5zgU


Espaço Aberto Literatura – ‘beatniks’ fazem poesia lírica com doses surrealistas

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Polícia e Poesia


03/08/2011 12h07
Delegado do Distrito 


Federal relata crime 


em forma de poesia


'Tive vontade de transmitir uma mensagem 
a quem fosse ler', diz delegado.

Documento teve que ser reescrito 

para ser enviado ao Poder Judiciário.


O delegado Reinaldo Lobo, da 29ª DP, no Riacho Fundo, a 18 quilômetros de Brasília, surpreendeu a Corregedoria da Polícia Civil ao registrar, no dia 26 de julho, um crime em forma de poesia. O relatório, documento que faz parte do inquérito policial, não foi aprovado e teve que ser refeito.
O relatório dizia respeito a um crime de receptação, ocorrido na noite de 22 de julho, quando um homem foi flagrado por policiais militares na garupa de uma motocileta roubada.
"O preso pediu desculpa/disse que não tinha culpa/pois estava só na garupa/foi checada a situação/ele é mesmo sem noção/estava preso na domiciliar/não conseguiu mais se explicar", escreveu o delegado sobre a abordagem ao suspeito.
Mais adiante, o delegado prossegue: "Se na garupa ou no volante/sei que fiz esse flagrante/desse cara petulante/que no crime não é estreante".
A vontade de fazer um trabalho diferente motivou a redação do poema, disse o delegado. “O nosso trabalho é um pouco de idealismo. Apesar de muito árduo, ele é um pouco de fantasia, de você lutar pela reconstrução e pela melhora do mundo. Acho que isso traz muita realização e eu quis transformar isso em arte, daí a ideia da poesia.”
No relatório em forma de poema, o delegado explica a inovação: "Resolvi fazê-lo em poesia/pois carrego no peito a magia/de quem ama a fantasia/de lutar pela paz contra qualquer covardia".
Lobo disse ao G1 que sua intenção era chamar a atenção de quem fosse ler o inquérito, afirmou. “Nos deparamos com situações difíceis. Naquela noite, tive vontade de transmitir uma mensagem a quem fosse ler aquele inquérito.”

Apesar da criatividade, o relatório retornou da Corregedoria com o pedido de que fosse escrito nos padrões da polícia. Lobo achou melhor solicitar o ajuste a outro delegado. “Não existe nada que regre a redação oficial de um relatório. O Código de Processo Penal só exige que se narre o caso e se citem as informações importantes. O delegado deve ter liberdade de fazer isso”, defende.
Esta foi a primeira vez que Reinaldo Lobo escreveu um relatório em poesia. Apesar de o formato não ter sido aceito pela Corregedoria, não houve nenhum tipo de punição ao delegado, que não abandonou completamente a ideia.

“Vou tentar um diálogo com a Corregedoria para tentar ver o que é possível fazer em harmonia”, afirmou o delegado, fazendo rima.
A Corregedoria da Polícia Civil não se pronunciou sobre o caso até o fim da manhã desta quarta-feira.
O homem que estava na garupa da motocicleta roubada foi autuado em flagrante por receptação. Até o envio do relatório, informa Lobo, o rapaz permanecia preso no sistema penitenciário, porque, como escreveu em seu inquérito-poema, "a fiança foi fixada/e claro não foi paga".

Veja a íntegra do relatório do delegado
"Já era quase madrugada
Neste querido Riacho Fundo
Cidade muito amada
Que arranca elogios de todo mundo
O plantão estava tranqüilo
Até que de longe se escuta um zunido
E todos passam a esperar
A chegada da Polícia Militar
Logo surge a viatura
Desce um policial fardado
Que sem nenhuma frescura
Traz preso um sujeito folgado
Procura pela Autoridade
Narra a ele a sua verdade
Que o prendeu sem piedade
Pois sem nenhuma autorização
Pelas ruas ermas todo tranquilão
Estava em uma motocicleta com restrição
A Autoridade desconfiada
Já iniciou o seu sermão
Mostrou ao preso a papelada
Que a sua ficha era do cão
Ia checar sua situação
O preso pediu desculpa
Disse que não tinha culpa
Pois só estava na garupa
Foi checada a situação
Ele é mesmo sem noção
Estava preso na domiciliar
Não conseguiu mais se explicar
A motocicleta era roubada
A sua boa fé era furada
Se na garupa ou no volante
Sei que fiz esse flagrante
Desse cara petulante
Que no crime não é estreante
Foi lavrado o flagrante
Pelo crime de receptação
Pois só com a polícia atuante
Protegeremos a população
A fiança foi fixada
E claro não foi paga
E enquanto não vier a cutucada
Manteremos assim preso qualquer pessoa má afamada
Já hoje aqui esteve pra testemunhá
A vítima, meu quase chará
Cuja felicidade do seu gargalho
Nos fez compensar todo o trabalho
As diligências foram concluídas
O inquérito me vem pra relatar
Mas como nesta satélite acabamos de chegar
E não trouxemos os modelos pra usar
Resta-nos apenas inovar
Resolvi fazê-lo em poesia
Pois carrego no peito a magia
De quem ama a fantasia
De lutar pela Paz ou contra qualquer covardia
Assim seguimos em mais um plantão
Esperando a próxima situação
De terno, distintivo, pistola e caneta na mão
No cumprimento da fé de nossa missão


Riacho Fundo, 26 de Julho de 2011
Del REINALDO LOBO
63.904-4"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011