sábado, 30 de abril de 2011
corpo de metal forjado
cascos grossos desgastados
olhos de brilho falso
quando escrevo cavalo digo
narinas sujas de fumaça
sangue de origem negra
veias de borrachas secas
quando escrevo cavalo digo
força de outro bicho bravo
colado na pele de uma placa
num antigo terreno baldio
quando escrevo cavalo digo
arranhões por toda parte
esqueleto acabado no pátio
de ferros velhos retorcidos
Rubervam du Nascimento |colaborador|
in OS CAVALOS DE DOM RUFFATO, Fundação de Cultura Cidade do Recife - 2005.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
um médico diagnosticou meu mal
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Validuaté no O Estado de São Paulo
A ironia refinada que vem do Piauí
Ganhando cena indie de SP e Rio,
Validuaté encurta distância entre brega e erudito
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CONTERRÂNEOS
Poeta de grande influência na literatura nacional. Morreu num acidente aéreo aos 32 anos
Trágico personagem da Tropicália, aproximou poesia e música e foi jornalista. Matou-se
Cantor de forró, advogado e político, é amigo de Lula e secretário de Cultura em São Bernardo
Antonio Francisco da Costa e Silva, simbolista da primeira metade do século, morreu demente
Validuaté no O Estado de São Paulo
'Todo Estado tem o seu mangue, sua lama, seu caos'
Zé Quaresma, cantor e vocalista da Validuaté, e seu parceiro, o cantor, violonista e letrista Thiago E., falam pela banda em dupla. É isso ou nada disso.

O Validuaté é integrado por acadêmicos de Letras. Isso torna vocês mais preocupados com a lírica do que com a musicalidade?
terça-feira, 26 de abril de 2011
I Concurso Riso Poético

Serão premiados os três melhores poemas. Premiação de R$ 100,00, mais certificado de participação para o primeiro colocado. Os segundo e terceiro colocados receberão certificados de participação no concurso. A comissão julgadora será composta por escritores de renome em Teresina, com notória capacidade para avaliação literária.
Para o presidente da Fundação Nacional do Humor, essa é uma oportunidade de estabelecer a relação de novos autores com escritores já consagrados. “Na medida em que esses escritores já consagrados tomam contato com novos escritores se dá um processo interessante para as novas gerações, pois uma geração passa a conhecer e contribuir com a próxima. Isso é muito importante para nossa produção cultural”, comenta Albert Piauí.
O primeiro Concurso Riso Poético tem como prêmio homenagem ao escritor e poeta Luciano Almeida. Autor de contos, crônicas, radialista, professor e destacado escritor e pesquisar de hai-kai, Luciano Almeida faleceu prematura e repentinamente em fevereiro de 2009. Poeta de ativa participação em saraus e rodas de poesia em Teresina, Luciano Almeida deixou saudades e boas recordações. A fundação Nacional do Humor do Piauí presta homenagem a esse poeta, que enquanto vivo contribuiu para efervescência literária nesta cidade e não será difícil de ser reconhecido por pessoas do meio literário. Leia textos do escritor na página que este mantinha no site Recanto das Letras [http://recantodasletras.com.br/autor.php?id=26265].
O Concurso Riso Poético faz parte do Encontro Riso Poético, que acontecerá dia 11 de maio, no espaço Esperança Garcia, montado na Praça Pedro II, como parte da programação do 28º Salão Internacional do Humor do Piauí. Durante o encontro será realizada a premiação do Concurso Riso Poético, além do lançamento de livros, concurso de poesias falada e escrita, exibição de vídeos, apresentações poéticas e palco aberto para os poetas apresentarem seus trabalhos. Informe-se e participe de toda a programação.
sábado, 23 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
John Lennon Era Meu Cão
Olhos castanhos saindo de uma pequena massa negra de pelos. Um filhote desconfiado e sincero que me fez pensar no quão frágeis são os viventes sinceros. Frágil como era John Lennon por trás de toda aquela arrogância estrategicamente pontuada por choques neurais de sensibilidade. "Vou chamá-lo John Lennon".
Poderia ter sido Louis, Louis Armstrong poderia ter sido seu nome, pois também me fez pensar quanta beleza tem no mundo.
Vendo-o velho sob a laranjeira, e me perpassando aquele mesmo sentimento de quando ele era um filhote, duvidei que algum dia ele tivesse sonhado com as pessoas vivendo em paz ou com um mundo maravilhoso, pareceu-me então que esse era um sonho meu e aquela criatura repleta de sinceridade era a resposta ao meu sonho. Então era isso que eu via. Lennon nunca me cantou versos.
Espelhos. Todas as coisas nos são espelhos...
Quando Lennon morreu, eu não fiquei triste. Yoko, vendo o sangue, pensou: "morto como um cão". Então é assim que os cães morrem? Pobre homem! Pobre mulher! Nunca sentiram a areia fria que nos guarda sob a sombra de uma laranjeira.
Daniel Ferreira |colaborador|
de livro ainda inédito
domingo, 17 de abril de 2011
Livro: Repugnações e Desejos

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Castigo de um pecado confesso
É deveras que na minha inocência de infante,
Atirei na cruz inúmeras pedras.
E num dia na falta destas,
E já na minha adulta pervertidade
Atirei na cruz minha cabeça.
E da quaresma à páscoa,
Ficaste no madeiro dependurada.
Ria como quem não rir da própria desgraça...
Um corvo lhe arrancava a tez em grandes lascas
E pela lança do centurião, escorria a massa cefálica.
Como, da lenda, a mula sem cabeça
Meu corpo noctâmbulo, que foi condenado,
A levar no lombo o peso de uma raça!
Do tato fez-se olhos e dos pés os demais sensórios.
E minha cabeça enquanto julgamento aguardava,
De Calcutá, Gandhi, Gautama e todos que morreram
Em nome da filantropia, ria.
Ria do INRI que fora condenado e morreu,
Para redimir do homem os pecados
E por séculos e séculos jaz o grande mártir
E não há um dia que em pensamentos,
Gestos e palavras
Viva o homem sem pecar.
A ver longínqua no lombo de seu corpo,
Tal raça.
A priori julgou-a de glorias digna, excelsa, inefável...
Mas, ao conhecê-la em essência,
Julgou-a intrigante, descontente, não obstante repugnante.
E por não se arrepender dos escárnios e heresia,
Condenada foi a consumar das entranhas herméticas
Da gênese humana
Todos os instintos vis e bestiais,
Que nasceram da sapiência e com a sapiência jaz.
terça-feira, 12 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Banda Quarterão - mais sons de Teresina
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Pessoa em Várias Pessoas – 13ª Poesia Tarja Preta


