“o vento mete metais dentro do soco...”
João Cabral de Melo Neto
O vento acorda o rosto sonâmbulo
O olho cego
A boca sem língua
O vento acende o músculo rijo
Mapeia a fenda rubra
Colore o dia cinza
O vento vaga voluptuoso visceral
Varrendo vozes vãs
Desejos distorcidos diásporas
O dia d’agora em diante
Luiz Valadares
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