quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Não vou mais ficar preso
Não vou mais ficar preso por ela
e viver travado numa velha caveira
Não vou mais ficar preso por ela
e viver travado numa velha carreira
hum! ah!
Nutrindo-me do putrefe odor
da decomposição do amor
Ah! Mas, se ela estivesse aqui agora nesse momento
estaria vendo o meu eu entrando e saindo
por todos os cômodos do meu apartamento... cabeça
Fecho janelas!
Baixo cortina!
O cérebro aborta!
E a boca porta abeta grita
Sai! Insípido amor!
Sai! Sentimento incolor
Mas, se o teu cheiro insistir nesse processo de masturbação mental
Vou te ejacular assim: atchim!
Afasta-se verme obsessor
Parasita das sombras das neuroses do rancor
Liberte-se germe do amor
Ressuscita das catatumbas vulcânicas do meu amor
Vem em lavas e solidifica, fossiliza e eterniza o novo amor
que a boca porta aberta engoliu e gritou
Ah!!! Hum!!! Novo amor dentre de mi nha cabeça
Preciso arrumar meu apartamento


Kilito Trindade

Um comentário:

  1. Gosto muito dessa poesia. Ela sempre surpeende! Provocantemente surpeendente! sei lá...

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