constelação das águas turvas
na lascividade do território-carne
nos absorvemos no desejo inebriado
– trânsito nas costas-alamedas dentro da flecha de Eros –
nos perdemos no cinema, na angústia dos outros
acordamos enjoados, tontos
ou não dormimos
pensamos em quem descansa dentro da ventania
olhando o sol dissipar as águas turvas da madrugada
do outro lado da cidade antiga
nossos delírios se acomodam
entre o ronronado dos gatos e canto dos galos
por vezes nos encontramos em tempos furtivos
na varanda fugaz dos nossos peitos
– meteoros volúveis se cruzam no
parque de diversões de nossas bocas.
Demetrios Galvão
nas primeiras linhas do poema eu ja sacava!
ResponderExcluirtinha que ser do Demetrios!