Quando o Amor Ainda é Possível:
Chiquinho Garra Como Performance Eterna.
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O trabalho poético de Chiquinho Garra é marcado não somente em forma de texto, mas por uma territorialidade singular, feita em torno de sua humanidade, que ainda consegue acreditar nas transformações – no sentido microbiano – onde as partes fundamentais da essência humana, está pluralizada em pequenos estilhaços multicoloridos.
Sua escrita é resultante de um mundo solitário e ingênuo (Ingenuidade poética), que se entrega de corpo e alma aos amores platônicos e pelo impulso desejante em amar Teresina, protegido pela consciência crítica e anti-acadêmica, que se recusa na banalização de questões fundantes e vitais na sua formação artística.
Ler sua singela obra é conhecer a imensidão de um poeta que vive os traços de uma cidade, ao mesmo tempo em que o rejeita, o acolhe, na descoberta constante das possibilidades de torná-la melhor para si e para os outros.
Seja nas tardes de domingo, catando lixo reciclável à beira da calçada que desenha a praça do Liceu, ou nos dias que seguem o ciclo menstrual da semana, na beira do rio Parnaíba, limpando suas margens. Chiquinho é a Garra de que a coletividade e a consciência ambiental sem fetichismos e evangelizações partidárias ainda é possível. Ele não espera por nós, mas ficaria muito feliz se o manto que cobre nossa mediocridade se descortinasse.
Parafraseando Zé Almino, lá das Verdades Tropicais da Caetanave, poderia dizer que Chiquinho Garra representa o esforço de uma racionalidade que tem como dever alcançar e acolher o irracional, algo que falta em nós: não-poetas.
Ou seja, um “exército de um Homem só”.
Aristides Oliveira - Diretor de “A Revolução dos Pirulitos”
--> Exibição de lançamento do documentário “A revolução dos Pirulitos” no 10º Encontro Poético, dia 28/10 a partir das 20h no Canteiro de Obras
-->Documentário realizado por: Aristides Oliveira, Jimmy Charles, Meire Fernandes. Um trabalho do Coletivo Diagonal.
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