segunda-feira, 9 de agosto de 2010

a bailarina da Ásia ondula


a bailarina da
Ásia ondula
suavemente seus
gestos lascivos

envolta em sua sombra
sua chama dança
desde a ponta
dos dedos volta
sua dança devassa

a bailarina da
Ásia oscula
suavemente a ponta
dos dedos

desenvolta seu véu
sua chana ao léu
onde dança
aponta a ponta
de minha lança

envolta em sua umbra
suavemente se depura
a cona a anca
o lábio a vulva
avulta a dança de puta

a bailarina da
Ásia perdura
suavemente ondula
os seios

desenvolta em sua dança
sua cona se alcança
desde o lábio
lambendo a anca
ofertada em altar de santa


Adriano Lobão Aragão - colaborador
(poema do livro - Yone de Safo, 2007)

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