sábado, 12 de junho de 2010

De quando o mundo me atacou

Eu estava inerme
a cara imberbe
as mãos mergulhadas no vidro:
completamente imóvel.
É.
Eu continuo nua
o frio abre a pele
as marcas perfeitas profundas
corte raso profano
barulho indeciso
não se sabe pr'onde olhar!
Mas onde se sente
não se racionaliza
nem economiza
se derrama, declama:
grita, assusta, empurra e puxa!
Talvez, mergulho denso.
Talvez, molhar descontrolado.
Talvez: é respirar congestionado
Grito no plástico
Sufoco atmosférico

Laís Romero

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